AÇÕES INTERFEDERATIVA NO COMBATE À DENGUE EM MACAÚBAS: VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO SUS

Apresentação

Como apresentado, em 2024, houve um aumento expressivo de casos de dengue em Macaúbas, assim como observado na região Sudoeste da Bahia e até mesmo no Brasil, a Secretaria de Saúde de Macaúbas, através da Vigilância Epidemiológica vem em constante monitoramento, e acompanhando o cenário epidemiológico das arboviroses em especial da dengue, direcionando ações estratégicas de prevenção e cuidado, junto a toda a Rede de Atenção a Saúde no Município de Macaúbas. A organização da rede de serviços de saúde está sendo condição necessária para o enfrentamento da epidemia de arboviroses. Para isso, foi realizado atividades preventivas, de bloqueio e de intensificação, além de estabelecido protocolos clínicos com base na classificação de risco, tornando possível o atendimento oportuno e de qualidade ao doente como condição para evitar a ocorrência de óbitos. Antes mesmo de entrar em epidemia na Semana epidemiológica 07, Macaúbas já vinha desenvolvendo ações de controle e prevenção à doença no corrente ano como: mutirão de visita pelos ACE, ACS e equipe dos PSF dos bairros onde havia mais registros de casos notificados de dengue tanto na sede quanto na zona rural do município, sala de espera, atividade educativa nas comunidades e ações educativas em escolas. Além disso, foram realizados bloqueio costal em áreas estratégicas devido notificações e tratamento focal e perifocal, conforme protocolos do Ministério da saúde.

Objetivos

Definir ações para enfrentamento de arboviroses, junto aos setores de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Atenção Primária à Saúde, Serviços de Média e Alta Complexidade e ações intersetoriais com as instancias municipais para controle e prevenção de Dengue. Propor estratégias para o planejamento, organização, coordenação e monitoramento das ações de enfrentamento por meio de medidas preventivas e interventivas em todo o município. Reorganizar a rede de serviços de saúde municipal para o enfrentamento da epidemia de Dengue, estabelecendo protocolos clínicos tornando possível o atendimento oportuno e de qualidade ao doente afim de evitar a ocorrência de óbitos.

Metodologia

Entre as ações de intensificação, foram realizados: Dia D de mobilização contra a dengue, Projeto Escola ZERO dengue, Atividade de combate ao Aedes Aegypti junto ao corpo de Bombeiros, UBV pesado e readequação das unidades de saúde da família para atendimento aos casos de Dengue. Aumentamos a cobertura assistencial por meio da abertura de unidades sentinela nas Unidades Básicas de Saúde e o Centro de Saúde do município passou a funcionar com carga horária diária de atendimento das 7 às 19h abertura de leito de retaguarda no Hospital para encaminhamento dos pacientes da UPA, foi providenciado equipamentos para execução de ações de manejo clínico das Arboviroses Funcionamento do laboratório municipal central 24h por dia em suporte ao laboratório do Hospital Municipal Intensificação das ações de comunicação e publicização das informações à população por meio da utilização de todos os meios de comunicação disponíveis e viáveis Capacitação dos profissionais da saúde para atendimento e manejo clinico dos casos de Dengue na APS e Secundária Controle vetorial adequado e trabalho em Brigadas de Intervenção semanal na sede do município e áreas de difícil acesso, sendo 04 brigadas com 40 pessoas para operação desse mutirão, além de toda estrutura dos ACE realizado divulgação de dados e ações utilizando carro de Som para divulgação das campanhas educativas e Drones para localizar áreas focadas buscando realizar limpezas e visitas dos agentes de endemias

Resultados

Com tema “10 minutos contra a dengue”, foi feito ação educativa na feira livre e visitas domiciliares em bairros para tratamento focal e bloqueio costal. A iniciativa do Dia D de mobilização contra a dengue teve participação dos ACE/ ACS e profissionais da APS incentivado a aplicação da campanha 10 minutos contra a dengue. Além disso, o Projeto Escola ZERO dengue teve apoio desses profissionais que foram às escolas discutindo sobre o ciclo de vida do vetor, principais focos criatórios do mosquito transmissor, importância de eliminá-los, sintomas e algumas curiosidades sobre a doença. Houve a exposição de larvas, pupas e formas do mosquito, ao término foi dado às crianças folhetos ilustrativos de possíveis locais criadouros do vetor, sendo sugerido mostrarem aos familiares. Em 08 de março, recebemos o corpo de bombeiros para reforçar o trabalho junto aos ACE e ACS, sendo esse monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência das doenças, foi medida fundamental para direcionar as ações de vigilância de forma estratégica nas regiões mais afetadas. Desenvolvido por 83 profissionais: 20 bombeiros, 35 ACE, 11 ACS, 05 profissionais do Meio Ambiente, 04 da Infraestrutura e 2 da BRS Boquira. Divididos em 11 equipes de campo que visitaram casas, terrenos baldios, comércios, praças fazendo tratamento focal/Perifocal. Visitaram 9554 imóveis eliminando 245 focos do mosquito Aedes. Além disso, esteve presente no município o UBV pesado realizando 05 ciclos em cada bairro.

Conclusões

A VIEP promoveu ações para conhecimento de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes, recomendando e adotando as medidas de prevenção e controle dessa epidemia em tempo oportuno, uma vez que o controle das arboviroses está relacionado a um conjunto de ações intersetoriais e com participação da sociedade, por isso a importância de ações integradas para melhoria da saúde pública. No Município devido grande extensão territorial, realizamos ações de controle vetorial, que exigiram dos profissionais habilidades e rapidez na resposta ao agravo, trabalho integrado, sendo ampliado a estrutura de recursos humanos, materiais, técnico-científicos com ações assertivas preventivas e assistenciais, na perspectiva da educação permanente dos profissionais e estímulo a participação ativa da sociedade. Imprescindível ressaltar que na rotina essas atividades são realizadas durante todo o ano, por meio de equipe de educação permanente de endemias do município, coordenação de ESF’s, Agentes de Saúde e com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, entretanto em uma epidemia a nível Bahia como tivemos, foi necessário intensificação de ações interfederativas para o enfrentamento eficaz.