LETRAMENTO ANTIRRACISTA EM UM GRUPO DE ADOLESCENTES NA ATUAÇÃO COMO RESIDENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Apresentação

a educação em saúde com o letramento racial crítico é uma metodologia que vem na perspectiva de (re)construção da(s) identidade(s) raciais. O relato vem com a experiência vivenciada pela Assistente Social/Residente na condução de encontros quinzenais em um grupo de adolescentes, intitulado como “Adolescer com Saúde”, realizado na Unidade de Saúde da Família (USF), que tinha como intuito minimizar os efeitos negativos da expressão da questão social na saúde dos adolescentes.

Objetivos

educar na atenção primária o tema letramento racial crítico no contexto das condições de saúde da população brasileira para possibilitar o entendimento que os seus determinantes e condicionantes têm cor, gênero e renda. Assim sendo, desenvolver a possibilidade de desconstrução do racismo estrutural internalizado que permeia a sociedade, trazendo assim, os significados de expressões utilizadas de maneira naturalizada no cotidiano que se desvelam em suas finalidades, significações, intenções e ideologia.

Metodologia

trata-se de um relato de experiência, referente à educação em saúde juvenil, onde foram realizadas abordagens com o tema: Sejamos Todos Antirracistas. Sendo utilizados, folder ilustrativo confeccionado pela residente e material lúdico intitulado como “Visibilidade Negra no Dado Racial”, onde foi idealizado um jogo com dados em que os participantes por meio de disputa com recompensa, respondiam perguntas sobre a temática que traziam sentido e reflexão.

Resultados

trabalhar o tema com o público juvenil é multidimensional. É sempre necessário trazer a tona pautas como, o colorismo e a necessidade de enxergar a negritude, reconhecendo os privilégios da branquitude os sensibilizando a perceber o racismo internalizado na sociedade, suas segregações e as políticas de promoção da igualdade racial criadas para minimizar as injustiças sociais, buscando assim, que o público alvo adote práticas disseminadoras e reprodutoras que fomente o enfrentamento de condutas preconceituosas. É observado que o uso da ludicidade como estratégia facilita a aprendizagem e permite uma consciência crítica, sendo considerado, importante para o desenvolvimento dos processos formativos de educação em saúde, torna-se uma valiosa ferramenta para uma aprendizagem significativa e a desconstrução de estigmas raciais, gerando o desenvolvimento do protagonismo juvenil e sua autonomia em território.

Conclusões

a abordagem promove a aprendizagem sobre comportamentos antirracista e direitos humanos, estimulando a autonomia e protagonismo para engajamento na luta contra o racismo. Sendo considerada uma experiência muito perspicaz, pois permite potencializar a educação racial e prevenir a violência.