O presente trabalho surge da necessidade de melhoria das ações de Imunização voltadas para a Cidade de Itagibá, situada há aproximadamente 370 km da Capital do Estado, Salvador, com população estimada pelo IBGE de 14.331 (quatorze mil, trezentos e trinta e um habitantes) para 2021, com área geográfica de aproximadamente 810,340 km² e extensa área rural. As ações traçadas visam efetivar o Programa Nacional de Imunização (PNI) que foi instituído com objetivo de erradicar as doenças imunopreveníveis por meio de ações de promoção e prevenção de saúde na atenção básica à saúde. Atualmente sua rede de Atenção Primária a Saúde é composta por 05 (cinco) unidades de Estratégia Saúde da Família, tendo cada uma delas uma sala de imunização em pleno funcionamento e a Rede de frio situada na sede do Município. A ações de Imunização ocorrem de modo organizado e priorizando a longitudinalidade do cuidado em saúde. A Rede de Frio Municipal é gerida pela Coordenação de Vigilância Epidemiológica com o apoio técnico de uma profissional de Enfermagem com experiência em Imunização, que aliado a gestão municipal e demais integrantes do setor saúde tem estabelecido estratégias, com base na observação do território e do funcionamento das Unidades de Saúde, sob supervisão e coordenação de Enfermeiros
Fortalecer as ações de Imunização no território do Munícipio de Itagibá por meio de ações programáticas, longitudinais, participativas e resolutivas, identificando a realidade do território e das equipes de saúde subsidiando a tomada de decisão e a adequação das estratégias estabelecidas, identificando potencialidades e fragilidades das ações de imunização com intuito de alinhar as condutas para alcance das coberturas e homogeneidades vacinais
Trata-se de um Projeto de Intervenção que visa, alinhar e orientar as equipes de saúde no alcance de melhorias nas coberturas vacinais por meio das seguintes estratégias: Estabelecimento de cronograma de reuniões mensais com equipe de vacinadores, Coordenações de Enfermagem das Unidades de Saúde da Família, Coordenação da Vigilância Epidemiológica (VIEP) e Coordenação de Atenção Básica (AB) Criação de Protocolo Operacional Padrão de Imunização Cronograma de reuniões mensais com equipe de Agentes Comunitários de Saúde Divulgação sobre a temática nas mídias locais Realizar escala de supervisão nas salas de vacina Realizar Busca-ativa de faltosos Intensificação de vacinação na Zona Rural Vacinação itinerante extramuro com cobertura de todo município Apoio Técnico para uso dos sistemas de Informação em saúde Realização do Curso de Imunização no Município, compartilhando da experiência do Projeto ImunizaSUS que qualificou na modalidade à distância profissionais de Enfermagem para os serviços de Imunização e considerando a potencialidade da Educação Permanente, o faremos de maneira presencial com aulas teóricas e práticas, com supervisão das ações e certificação e sem custo ao profissional, sendo executado em co-responsabilidade com a Diretoria de Assistência à Saúde, Coordenação de Atenção Básica, Coordenação de Vigilância Sanitária, e com apoio dos demais setores da gestão do setor saúde
A partir dos resultados da Pesquisa ImunizaSUS e em consonância com o que foi identificado durante os espaços de debate e construção de conhecimento com as equipes de saúde do município, chegamos à conclusão que nenhuma oportunidade de vacinação pode ser perdida, e mesmo diante de uma equipe comprometida com o processo de imunização foi possível identificar fragilidades como a área rural extensa, necessidade de remapeamento de área para que todas as microáreas da Estratégia de Saúde da Família tenham cobertura de Agente comunitário de Saúde que se estabelece como elo primordial nesse sentido, necessidade de qualificação da equipe de Enfermagem com a temática da Imunização, e nos comprometemos em agir diante das potencialidades e governabilidade sob o problema. Como resultado da análise territorial o presente projeto que se encontra em andamento tem se mostrado potente no sentido de estreitar a relação entre gestão/trabalhador, além de melhor qualificar o trabalhador para o serviço, sobretudo considerando não apenas a equipe de Enfermagem mas também os demais membros que compõe a Equipe de Saúde como Médicos, Agentes comunitários de Saúde, equipe de Odontologia e demais
Diante do exposto, acreditamos que assim como os resultados da Pesquisa ImunizaSUS, o espaço de reconhecimento do território e de identificação de potencialidades e fragilidades na imunização potencializam a tomada de decisão para o serviço de imunização, uma vez que subsidia a prática critico-reflexiva dentro do território, tendo como pressuposto que a identificação de nós críticos surge como condição primária ao processo e por consequência parte de uma análise da situação real, além de alertar para possíveis entraves que passam despercebidos no cotidiano das equipes de saúde. Apesar de entender que no setor saúde há fragilidades como rotatividade de profissionais, áreas territoriais extensas com acesso desfavorável dentre outros, percebemos que diante da analise territorial junto com as equipes de saúde é possível traçar estratégias que diante da nossa governabilidade são possíveis de serem executadas com êxito, como as que aqui foram citadas
