SEMENTES DA EQUIDADE PLANTADAS ATRAVÉS DO PROGRAMA MELHOR EM CASA.

Apresentação

Em abril de 2022 através da Portaria GM/MS 916/22 o Ministério da Saúde aprovou o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) com o programa melhor em casa no município de Dias d’Ávila, Bahia. Este serviço tem a proposta da oferta do cuidado no domicílio do paciente que visa proporcionar um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, sendo imprescindível para continuidade do cuidado e integrada à Rede de Atenção à Saúde (RAS) em todos os seus níveis. O SAD destacasse como uma importante possibilidade de resposta do Sistema Único de Saúde (SUS) pela ampliação do acesso aos serviços por usuários acamados ou domiciliados, por sua otimização do uso de leitos e recursos hospitalares e por representar uma solução para sobrecarga das portas de urgência. Após iniciar suas atividades foi percebido um ganho exponencial para a saúde local onde o programa vem promovendo maior qualidade e resolutividade do cuidado, visando a continuidade da assistência do paciente na RAS. O programa conta com 01 Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e 01 Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAP), ambas são responsáveis em plantar sementas da equidade com abordagens diferenciadas e protocolos específicos para cada paciente, abrangendo o mesmo de maneira biopsicossocial.

Objetivos

Relatar experiência vivenciada na promoção de equidade aos munícipes de Dias d’Ávila através do Programa Melhor em Casa apresentar o desenvolvimento do programa como comunicador da rede de atenção a saúde e garantir a continuidade e qualidade da assistência prestada aos pacientes.

Metodologia

Trata-se de um relato de experiência descritivo, tendo como característica a coleta de dados dos atendimentos realizados pelos profissionais do programa melhor em casa. Para elaboração do projeto foi realizado um levantamento da situação em saúde do Município de Dias d’Ávila através dos dados registrados na APS, onde foram constatadas a necessidade da adesão ao programa e colocar na pratica um dos importantes princípios do SUS, a equidade. O presente estudo foi organizado em 03 etapas, sendo a primeira com início em janeiro de dois mil e vinte e dois com a coleta de dados da APS, na segunda etapa foi realizada o treinamento e matriciamento com a RAS, a terceira etapa foi a coleta de dados através do Prontuário eletrônico do cidadão (PEC) de 01 de outubro de 2022 até 31 de janeiro de 2023 para avaliação do programa.

Resultados

Por meio de uma equipe multiprofissional, o SAD oferece atendimento para cuidar de problemas de saúde com diferentes graus de complexidade em pacientes sem restrição de idade que estão domiciliados e/ou acamados. Nesse formato, a equipe multidisciplinar vai até a residência do paciente para realizar seus atendimentos e procedimentos, e para orientar sobre o planejamento do cuidado a ser realizado. Assim, além do paciente, os cuidadores e/ou familiares tornam-se atores nas ações de cuidado, recebem informações e capacitações para realizar um cuidado de qualidade na ação de evitar possíveis internações, além de ser oferecido um cuidado mais humanizado uma vez que o paciente está em casa, perto da família. Dentro desse contexto foram analisados os dados dos atendimentos aos pacientes do programa de outubro de 2022 a janeiro de 2023 onde foram obtidos os seguintes resultados: 234 atendimentos médico, 390 de fisioterapia, 520 de enfermagem, 160 de nutrição, 198 de psicologia, 222 de assistência social, sendo 142 pacientes contemplados com a semente da equidade em seus lares, 17 altas, 08 óbitos, 367 curativos e 43 medicações realizadas.

Conclusões

A execução do programa com excelência vem garantindo a população o acesso e o direito à saúde, mantendo de uma forma latente a equidade como um dos fundamentais princípios do SUS, fazendo com que os serviços e programas alcancem a maior parte da população e as que possuem uma maior necessidade, e para isso requer iniciativas e um olhar sensível dos gestores e suas equipes para mobilizar a RAS para buscar melhorias, oportunizando um cuidado mais humanizado e seguro, no aconchego do seu lar, fator relevante para recuperação do paciente que se sente “acolhido”. Logo pode-se notar que a experiência torna-se exitosa onde há um número expressivo de atendimentos prestados, num período de quatro meses, e os resultados vêm gerando impactos positivos na continuidade e qualidade da assistência prestada aos munícipes.