IMPLANTAÇÃO DAS GERÊNCIAS ADMINISTRATIVAS NAS UNIDADES DE SAÚDE

Apresentação

Acajutiba é um município do interior da Bahia, situado na Macrorregião Nordeste, com população estimada em 2021 de 15 214 habitantes, uma área total de 181,475 km², e densidade demográfica de 83,8hab./km² segundo o IBGE, limita-se com os municípios de Esplanada, Aporá, Rio Real e Crisopólis , distante da capital em 182 km. A rede de saúde está estruturada com 07 unidades básicas e uma unidade satélite, cobertura de 100% da estratégia de saúde da família e 71% de Saúde bucal, com 32 Agente comunitários de saúde, cobrindo 93,93% da população. É nas equipes de saúde da família que se oferta um conjunto de ações e estratégias, individuais e coletivas, que abrangem a promoção da saúde das pessoas e a prevenção de agravos. Diante de tantas atividades para ser desenvolvidas nas unidades o gerenciamento desta constitui uma importante ferramenta para a concretização das ações, incorporando um caráter articulador e resolutivo. O gerente é um agente-chave, com atuação resolutiva no dia a dia das UBS, ele é o responsável por alinhar processos de trabalho, seja na oferta de serviços da unidade de saúde ou no acolhimento, sendo capaz de proporcionar segurança e bem-estar à população.

Objetivos

O objetivo principal com a implantação dos gerentes administrativos foi qualificar a gestão da infraestrutura e dos insumos (manutenção, logística dos materiais), zelando pelo bom uso e evitando o desabastecimento, articular atividades de promoção e busca ativa, para que as ações/atividades inerentes ao exercício da enfermagem no atendimento de promoção e prevenção fossem desenvolvidas com mais cuidado, pois a preocupação do gerenciamento administrativo da unidade seria compartilhada. Mas também foram elencados os objetivos específicos: – Promover a integração e o vínculo entre os profissionais da equipe e entre estes e os usuários – Atuar na mediação de conflitos e resolução de problemas da equipe – Assegurar a adequada alimentação de dados nos sistemas de informação da Atenção Primária, verificando sua consistência e estimulando a utilização para planejamento das ações -Tomar as providências cabíveis quanto a ocorrências que interfiram no funcionamento da Unidade de Saúde.

Metodologia

Buscando a heterogeneidade das demandas do cotidiano que são essencialmente diversas, equipe de gestão identificou que a implantação de gerentes administrativos nas unidades de saúde, iria reorganizar, otimizar e potencializar o processo de trabalho, visto que esse gerenciamento ficando a cargo exclusivo do enfermeiro estava sobrecarregando o mesmo, que deixava de realizar algumas atividades principalmente para alcançar indicadores do previne brasil ou não conseguia desenvolver de forma eficiente a gerência da unidade na logística dos insumos e manutenção predial necessária no dia a dia. Entendeu-se então que o gerenciamento de uma unidade de saúde constitui uma importante ferramenta para a concretização das ações, incorporando um caráter articulador e resolutivo, ou seja, as ações gerenciais realizadas são determinantes e definitivas para a concretização das políticas pública de saúde. Diferente da política nacional da gerencia das unidades, mas em paralelo, nomeou técnicos de enfermagem com experiência em atenção básica, para atuar como gerente administrativo, pois estavam pautados nas normas e diretrizes e poderia atuar quando necessário nas ações da unidade.

Resultados

Com a implantação os gerentes administrativos a integralidade do cuidado, ou seja os serviços executados pela equipe de saúde que atendem às necessidades da população adscrita nos campos do cuidado, da promoção e manutenção da saúde, da prevenção de doenças e agravos, da cura, da reabilitação, redução de danos e dos cuidados paliativos, ocupa integralmente os profissionais da equipe e o gerente oportuniza a organização desse processo de forma que não falte o necessário para o atendimento acontecer. Sendo possível observar o aumento das produções, de forma qualificada alcançando assim os indicadores.

Conclusões

O modelo de atenção à saúde vigente é determinado pela organização dos serviços em níveis de atenção, ou seja, o nível primário é visto como o contato inicial, a porta de entrada para qualquer usuário que necessite de atendimento, com a garantia de acesso, focando em aspectos relevantes para um gerenciamento efetivo, voltado para atender não só questões administrativas da UBS, mas à gestão do cuidado em uma gestão compartilhada de forma democrática. É importante que o gerente saiba identificar em sua equipe as potencialidades e fragilidades de cada profissional, que possibilite o enfrentamento das complexidades e desafios de um trabalho influenciado por variáveis sociais, econômicas e epidemiológicas em um território em constante transformação. Para isto, foi importante implementar junto ao NEPS um processo de educação permanente desconstruindo práticas engessadas e ultra especializadas, promovendo maior autonomia por parte dos profissionais e usuários na produção de saúde com monitoramento e avaliação constantes neste processo Por fim, o desafio da gestão compartilhada deve ser considerado em sua dimensão interna – Gerentes e equipes e em sua dimensão institucional na gestão do trabalho.