A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus são doenças crônicas de incidência mundial que representam um dos principais desafios de saúde para o desenvolvimento global. Possui alta prevalência concomitante ao envelhecimento populacional, sendo considerado um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, e uma das condições crônicas mais sensíveis à Estratégia de Saúde da Família. O controle da pressão arterial e perfil glicêmico tem associação direta com a adesão ao tratamento prescrito, podendo reduzir significativamente a mortalidade por essas doenças, assim como os custos do atendimento das suas complicações. Vários fatores podem estar relacionados à adesão ao tratamento, incluindo as características do paciente, a qualidade da relação médico-paciente, a gravidade da doença, o acesso aos cuidados de saúde e fatores específicos relacionados à prescrição medicamentosa. Para atender aos objetivos propostos pelo programa, as equipes de saúde da família são fundamentais, onde a maior parte das ações do programa ainda se concentra no desenvolvimento de grupos voltados para ações educativas em saúde e, consultas de HIPERDIA. Trata-se de um projeto, inscrito na Mostra Municipal de Saúde, desenvolvido na USF do Palma localizada no distrito do Cunhangi que dista a aproximadamente 50 km da sede do município de Jaguaripe e atende a aproximadamente 5 mil pessoas, contando com 10 micro áreas.
– Promover acessibilidade ao acompanhamento de pacientes portadores de Hipertensão Arterial e/ou Diabete Mellitus, cadastrados na Unidade de Saúde da Família do Palma e Unidade Satélite do Tiriri, que residem em áreas distantes às unidades de saúde. – Ofertar atendimento de qualidade, em espaços acessíveis a todos os pacientes, dentro das características culturais de cada localidade. – Melhorar os indicadores de desempenho, com o aumento da proporção de pessoas com hipertensão com consulta e pressão arterial aferida no semestre e proporção de pessoas com diabetes com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre.
– Foram realizados atendimentos itinerantes de HIPERIDA, a cada 15 dias – Em cada localidade, foi escolhido um local comunitário que favoreça o atendimento e acessibilidade para os pacientes do respectivo programa, podendo ser casa de farinha, escola, associação, ficando a critério e disponibilidade de cada área – A equipe itinerante é composta por enfermeira, técnica de enfermagem, agente comunitário de saúde e profissional de apoio – No atendimento, as medicações prescritas já foram dispensadas. – Os pacientes que apresentaram algum sinal de agravo foram encaminhados para atendimento médico de urgência ou programado, na unidade de saúde – Os atendimentos são realizados por ordem alfabética, por microárea.
– Ampliado o acesso da população aos serviços de saúde, visualizado através do maior número de consultas dos pacientes dos respectivos programas – Realizadas intervenções, a partir da identificação dos agravos identificando precocemente os fatores responsáveis por gerar agravos à saúde do paciente – Contribuição para a efetivação de políticas públicas e intervenções que auxiliem o indivíduo a viver com mais independência e menos perda funcional, focando na redução de danos devido aos agravos relacionados as patologias mencionadas – Elevação do número de consultas HIPERDIA realizadas no período.
O projeto possibilitou à equipe de saúde identificar o potencial de ações “extramuro” para promover a adesão a programas de saúde, cujos usuários apresentam dificuldade ao acesso à Unidade de Saúde ou algum outro fator que não favoreça a busca ao serviço. Além do exposto, foi possível observar que a partir do vínculo estabelecido com o programa, o indivíduo passa a utilizar outras ofertas de saúde, implicando na sua integração e adesão às atividades da Equipe.