Acajutiba é um município do interior da Bahia, situado na Macrorregião Nordeste, com população estimada em 2021 de 15 214 habitantes, uma área total de 181,475 km², e densidade demográfica de 83,8hab./km² segundo o IBGE, limita-se com os municípios de Esplanada, Aporá, Rio Real e Crisopólis , distante da capital em 182 km. A rede de saúde está estruturada com 07 unidades básicas e uma unidade satélite, cobertura de 100% da estratégia de saúde da família e 71% de Saúde bucal, com 32 Agente comunitários de saúde, cobrindo 93,93% da população. O Programa de Saúde da Família se configura como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial com a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde, situadas no primeiro nível da atenção, voltadas para promoção, prevenção e tratamento dos agravos à saúde. Considera-se a saúde materno infantil como um dos componentes da Estratégia da Saúde da Família, que adquire maior importância na busca de mecanismos que ampliem o acesso da população a essas ações e viabilizem a melhoria do quadro epidemiológico.
O preparo da gestante ao longo de cada fase gestacional, abrangendo esclarecimentos quanto à importância de aguardar o trabalho de parto, evolução e manejo do trabalho de parto, sem esquecer dos principais aspectos relacionados ao pós-parto e especialmente à amamentação. Promoção de saúde no pré-natal de baixo risco e a prevenção de agravos dos Pré-Natal de alto risco, contribuindo para melhor qualidade de vida das gestantes, dos Recém Nascidos (RNs) e indiretamente, de seus familiares, atualizar profissionais da atenção básica nos aspectos conceituais a respeito da pré-natal, e suas doenças mais prevalentes em todas as fases gestacionais e padronização dos dias de consultas como forma de facilitar a ampla divulgação das agendas das Unidade de Saúde da Família (USF) e alcançar os indicadores do previne brasil relacionado ao pré-natal.
A maioria das gestantes são provenientes de famílias com baixas condições socioeconômicas e grande parcela dessas, tem pouco acesso à saúde, devido a desinformação. Essa realidade demandou da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) uma necessidade de elaborar um projeto de intervenção em saúde voltado especialmente para esse grupo populacional, que dependendo de suas condições, pode causar impacto positivo ou negativo sobre a saúde geral. Nesse contexto, a educação em saúde tem sido cada vez mais requisitada, considerando o baixo custo e as possibilidades de impacto durante o pré-natal no âmbito público e coletivo. Para tornar esse projeto mais atrativo foram elencadas ações por trimestre como forma de diminuir suas faltas as consultas de pré-natal a exemplo de rodas de conversa com os diversos temas, como torne-se mãe, alterações físicas durante as fases gestacionais, alterações psicológicas, cuidados com o corpo e com a alimentação, práticas de atividades físicas, importância de realizar acompanhamento e do pré-natal, aplicativos para gravidez, alimentos que ajudam a produção de leite, cuidados com o RN, o que levar na bolsa para a maternidade, sinais e sintomas de alerta para o parto e no 3º trimestre a verificação dos critérios estabelecidos verificando a caderneta de gestante para eleger as gestantes que terá direito para o book gestacional.
As atividades de educação em saúde foram realizadas através do NEPS para os profissionais das equipes para o acolhimento da mulher com suspeita de gravidez até o puerpério para todas as categorias, desde a portaria ao médico. Assim como as atividades com as gestantes de acordo com cada fase gestacional, e foi bem acolhida entre todas. Com essas ações foi possível observar a crescente procura para o início do pré-natal e a redução das faltas para realização das consultas e dos exames, que foi aumentando gradativamente os indicadores. E na avaliação do 3º trimestre das 45 gestantes do município, 20 destas estavam com os critérios estabelecidos em dias, ou seja 44,44% delas, ficando estas elegidas para realização o book gestacional.
É necessário melhorar a qualidade do atendimento no pré-natal, ampliando e assegurando a cobertura do atendimento para melhorar a adesão das gestantes ao pré-natal, organizar o sistema de atendimento, diminuir as dificuldades para o atendimento continuado, fornecer informações e apoio à gestante, realizar ações de prevenção e promoção de saúde, além de diagnóstico e tratamento de intercorrências comuns durante a gestação e encaminhamento ao obstetra quando necessário, assim diminuindo a mortalidade infantil e materno As consultas de acompanhamento durante o pré-natal são fundamentais para desfechos saudáveis para mães e bebês. O calendário de atendimento deve ser iniciado ainda no primeiro trimestre da gestação e deve ser regular e completo, ou seja, garantindo a realização de todas as avaliações necessárias. Além das consultas individualizadas de pré-natal, a adoção de modalidades de pré-natal coletivo com formação de grupos focais com gestantes com idade gestacional iguais aproxima e mediado por profissionais de saúde – contribuem para bons resultados.