A espera por uma regulação ambulatorial tem crescido a cada dia e a demanda por serviços (consultas/exames) aumentou nos últimos anos sobretudo pós período pandêmico. Surgiu uma necessidade de implantação de um Sistema Informatizado na Regulação e nas Unidades de Saúde da Família vinculado ao prontuário eletrônico do Cidadão/PEC/AB. Isto permitiu à Gestão de Saúde Municipal e os usuários do SUS municipal, maior celeridade e resolutividade. Sabendo que a Atenção Básica é ordenadora da rede de atenção à saúde e porta de entrada prioritária, os profissionais buscam acolher de forma integral e resolutiva as demandas da população, elegendo e encaminhando à Central Municipal de Regulação os pacientes acompanhados diariamente no território. Objetivando a redução da fila de espera, a gestão municipal se empenhou na implantação de um Sistema Informatizado de Regulação respeitando o princípio da equidade e oferencendo uma assistência que a quem realmente necessita, por meio de protocolos para o fortalecimento da política Nacional de Regulação. A contratação e implantação do Sistema que permitiu sinalizar por nível de complexidade a necessidade do usuário, elencado pelo profissional da USF, se tornou um importante instrumento trazendo excelência nos agendamentos de consultas e exames ambulatoriais, garantindo a continuidade do cuidado no território, colaborando com a redução de encaminhamentos desnecessários para atenção secundária visando maior efetividade no acesso dos usuários.
Objetivo Geral: Viabilizar o acesso efetivo dos usuários, garantindo acolhimento e atendimento eficaz por nível de prioridade. Objetivos Específicos: •Reduzir as filas regulatórias, permitindo oferta eficaz do acesso aos exames e consultas municipais, através da estratificação de riscos •Garantir a adequada prestação de serviços à população através da organização de um fluxo regulatório e eficaz, que priorize por nível da necessidade do usuário •.Fortalecer a rede de atenção primária no atendimento aos usuários prioritários do serviço em saúde, através do sistema informatizado de regulação, para que o usuário tenha a garantia da sua integralidade e continuidade no seu tratamento e ou acompanhamento médico.
Para implantação efetiva deste sistema, foi necessário um levantamento numéricos das demandas reprimidas de exames e consultas por USF, assim como, levantamento das informações referente a ausência dos usuários/ SUS nas USFs municipais para retorno as consultas com exames solicitados. A partir daí a gestão de saúde seguiu com a contratação da equipe de TI, para implantação do sistema interligado ao PEC nas Unidades, de onde são encaminhados os pedidos ao Sistema ambulatorial de marcação. Por fim, houve várias capacitações para os profissionais da Atenção Primária, servidores da regulação municipal, Equipe Gestora da saúde, juntamente com o pessoal de TI (operacionalização e manuseio da ferramenta). Todas as etapas aconteceram na Sede da Secretaria de Saúde, durante o primeiro semestre de 2020, com oficinas, rodas de conversas e estudos de casos voltados para a área da gestão em saúde.
Pôde-se observar através de registros e relatórios disponibilizados à Gestão Municipal de Saúde uma redução significativa de internações por condições sensíveis à atenção primária (AVC, amputação, infarto agudo, parto prematuro, crises hipertensivas, etc.), por meio de ações efetivas que permitem o retorno do paciente a Unidade com seu exame e/ ou consulta realizado, dentro do próprio território, permitindo lhe a continuidade do cuidado. É possível destacar ainda que o Sistema informatizado, concomitante aos técnicos reguladores e profissionais da APS devidamente capacitados, evitam e excluem a possibilidade de desperdício de consultas e exames dos usuários previamente agendados e que não comparecem , visto que o sistema permite localizar o paciente através do PEC em tempo oportuno, para que a vaga seja substituída. Portanto, o município eliminou de forma gradativa e perceptível as filas presenciais dentro da Central Municipal de Regulação, anulando a hiperutilização do sistema e afastando a escolha de marcação por critério de demanda/oferta.
A gestão de Saúde Municipal e suas coordenações puderam avaliar as necessidades da população, bem como desenvolver estratégias de saúde avaliando os indicadores a partir dos relatórios mensais emitidos pelo próprio Sistema Informatizado, possibilitando mensurar dados epidemiológicos, para desenvolver ações pontuais e avaliar a estratificação dos recursos (gastos). Os dados extraídos através do sistema permitiram avaliação de indicadores para planejamento e avaliação de alocação de novos recursos, bem como politicas públicas de saúde especificas para cada localidade. A partir disso é possível identificar as demandas com maior e menor proporção através das solicitações por especialidade. Permite ainda, a identificação da prevalência de doenças por área de abrangência, segundo demanda médica e agendamentos, possibilitando a Gestão municipal traçar novas estratégias e condutas para resoluções coletivas e individuais na saúde de sua população. A implantação do sistema municipal informatizado de regulação se mostrou uma ferramenta de grande relevância para a celeridade no acesso aos serviços em saúde ofertados na Rede Municipal, beneficiando assim, a população com mais uma ferramenta que ampliou o acesso aos serviços de saúde.
