RELATO DE EXPERIÊNCIA PROJETO: PROMOVER PARA PREVENIR EM SAÚDE MENTAL DE ADOLESCENTES E JOVENS

Apresentação

O período da adolescência é marcado tanto por mudanças biológicas, que denominamos puberdade, quanto por mudanças psicológicas e sociais, que dependem, sobretudo, do contexto sociocultural onde o/a adolescente se encontra inserido. Daí, estudos da área da psicologia se referir atualmente ao termo “adolescências” (OPAS apud UNICEF, 2021, p.9). O objetivo geral desse relato, foi promover a reflexão sobre a importância da promoção e prevenção da saúde mental de adolescentes e jovens e a mudança de atitudes relacionadas à saúde mental, com o intuito de estimular o público-alvo ao pensamento critico e reflexivo sobre suas ações e conceitos relacionados à saúde mental. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, onde se buscou descrever os encontros realizados no período de maio a dezembro de 2022 nas entidades religiosas da cidade de Una (BA). Durante os encontros com pais e com os adolescentes/jovens foram discutidos os seguintes temas: Saúde mental de adolescentes e jovens, sinais e sintomas de adoecimento mental ansiedade depressão e suicídio. Como limitações do estudo, destaca-se a fragmentação da equipe do Ambulatório de Saúde em 2023, dificultando a continuidade do projeto. Sugerem-se mais ações voltadas para as temáticas de saúde mental e de matriciamento.

Objetivos

Promover a reflexão sobre a importância da promoção e prevenção da saúde mental de adolescentes e jovens e a mudança de atitudes relacionadas à saúde mental, com o intuito de estimular o público-alvo ao pensamento crítico e reflexivo sobre suas ações e conceitos relacionados à saúde mental Sensibilizar adolescentes e jovens para a importância do autocuidado em Saúde Mental Realizar rodas de conversa e ciclo de palestras sobre temáticas relacionadas à saúde mental de jovens Realizar ciclo de palestras sobre sinais e comportamentos relacionados com determinadas condições emocionais/mentais, tais como ansiedade, depressão, suicídio, automutilação, etc Potencializar a reflexão e a mudança de atitudes relacionadas à saúde mental Experienciar posturas facilitadoras para a educação entre pares e apoio emocional mútuo Aumentar a capacidade de pedir ajuda, sensibilizando para a criação de uma Rede de Apoio.

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, onde se buscou descrever os encontros realizados no período de maio a dezembro de 2022 nas entidades religiosas da cidade de Una(BA).Participaram dos encontros usuários adolescentes e jovens de 12 a 29 anos de idade, perfazendo um total de 251 participantes de ambos os gêneros, sendo 124 do sexo masculino e 127 do sexo feminino, com escolaridade variada e condições socioeconômicas diversas. Fizeram parte dessa primeira etapa do projeto três entidades religiosas: IGREJA DE CRISTO PENTECOSTAL INTERNACIONAL / ICPI,onde participaram 72 pessoas IGREJA CATÓLICA PARÓQUIA SÃO JOSÉ UNA/BA, com 102 participantes PRIMEIRA IGREJA BATISTA que contou com 77 participantes. Com proposta de quatro encontros em cada igreja, sendo o primeiro encontro realizado com os pais dos adolescentes e jovens e os demais encontros com o público-alvo. O planejamento e avaliação do projeto foram realizados semanalmente pelos facilitadores visando adequar os encontros a realidade de cada igreja. Nesses encontros foram preparados: dinâmicas, slides,folders, vídeos, questionário de avaliação que seriam usados posteriormente nos encontros com os adolescentes.

Resultados

O retorno realizado com pais, adolescentes e jovens do projeto após cada encontro indicou que os grupos foram muito participativos, com poucas exceções. Reconheceram sentimentos e identificaram estratégias de enfrentamento que costumam utilizar, o que permitiu uma troca significativa entre os participantes. Pode-se observar também, o aumento da demanda dos adolescentes e jovens por profissionais de saúde mental, após a execução do projeto. Enquanto relato da equipe do ASM, o papel da equipe é dar visibilidade a toda comunidade que eles têm e podem contar com um local, ou melhor, uma coordenação de saúde mental em construção que demandou e ainda demanda investimentos de campanhas de promoção e prevenção em nível de comunidade, dialogando com todos os setores da sociedade a fim de abrir pontos de acesso, promover eventos de formação e atualização com todos as áreas do sistema público e manter uma agenda permanente de reunião técnica e intersetorial para aperfeiçoar o fluxo de atendimento aos usuários de saúde mental.

Conclusões

Como limitações do estudo, destaca-se a fragmentação da equipe do Ambulatório de Saúde em 2023, dificultando a continuidade do projeto. Sugerem-se mais ações voltadas para as temáticas de saúde mental e de matriciamento, educação em saúde.