Aqui apresento reflexões sobre a vivência de uma experiência exitosa no grupo de tabagismo na Usf Barra do Bernardo,municipio de Dom Basílio Bahia. É um município de pequeno porte, situado da região sudoeste da Bahia, possui cinco equipes de Saúde da Família com cem por cento de cobertura. No ano de 2019 foi comtemplado com o Programa Nacional de Controle do Tabagismo.O Grupo tem como coordenadora a Enfermeira da Unidade e a Residente de Serviço Social do Programa de Residência Regionalizado e Multiprofissional em Saúde da Família-, em parceria com o Nasf (composto por 01 Nutricionista, 01 Fisioterapeuta, 01 Psicóloga, 01fonoaudióloga, 01 Assistente Social).O grupo de tabagismo foi denominado ‘’ Grupo da Vitória’’ nome escolhido pelos participantes, pois de 15 participantes, 11 pessoas pararam de fumar, houve 02 desistência e 02 pessoas não conseguiram parar até o momento, mais diminuíram na quantidade de cigarro.O grupo é composto por quinze participantes, onde treze participantes são do sexo masculino e dois do sexo feminino. As atividades do grupo são realizadas na sala de reunião da Unidade da Barra do Bernardo, localizada na zona rural do município .O interesse pelos usuários foi grande e quinze pessoas se inscreveram para participar do primeiro grupo. A divulgação foi feita em sala de espera pelo Assistente Social residente através de cartazes, panfletos e pela abordagem direta aos usuários em consultas médicas (parceria com o médico da Unidade) e de enfermagem.
O objetivo do relato de experiência foi descrever como a Atenção Primária e o Serviço Social contribuiu para a efetivação do Programa Nacional de Tabagismo,fortalecendo e desenvolvendo uma prática educativa, considerando o sujeito do estudo e suas crenças, valores, e classe social.O trabalho do assistente social no Grupo de Tabagismo fez-se da linguagem como sua principal ferramenta no encontro com os usuários do Sus através da atenção primária à saúde, uma vez que Ab constitui-se como um nível de saúde descentralizado, com alta capilaridade, responsável por estabelecer o primeiro contato, sendo a porta de entrada prioritária do Sus, a fim de facilitar o acesso da população aos serviços de saúde com vistas a desenvolver os cuidados básicos.
A metodologia usada para abordagem das atividades foram com base no que foi debatido nas reuniões com a equipe de Saúde da Família Barra do Bernardo, unidade que implementou o Grupo de tabagismo. As atividades foram iniciadas com levantamento dos tabagistas da área de abrangência com a análise situacional, com a parceria dos Agentes Comunitários de Saúde. Após o levantamento de dados foi realizado uma palestra informativa abordando a importância do Programa, as etapas e seções a serem realizadas, posteriormente realizou-se a inscrição das pessoas interessadas em participar do Programa. O interesse pelos usuários foi grande e quinze pessoas se inscreveram para participar do primeiro grupo. A divulgação foi feita em sala de espera pelo Assistente Social residente através de cartazes, panfletos e pela abordagem direta aos usuários em consultas médicas e de enfermagem. Deixava-se claro aos interessados que, para participar do grupo, é indispensável o firme desejo de parar de fumar. No primeiro encontro, compareceu quatorze pessoas dentre das quinze inscritas, permanecendo onze até o último encontro. Realizou-se aplicação de questionários elaborados pelo Ministério da saúde/levantamento de dados da população tabagista da área de abrangência. O cadastramento foi realizado por meio do preenchimento da ficha de cadastro. A ficha foi preenchida pelos profissionais responsáveis pelo atendimento, bem como a realização da abordagem breve/mínima (Papa) e o Teste de Fagerstrom.
Durante a vivência que tive no Grupo de Tabagismo posso afirmar que a atenção Primária (Ubs Barra do Bernardo) contribuiu bastante para a efetividade e o sucesso do grupo, juntamente com o esforço de vários profissionais, principalmente do Assistente Social Residente.Foram trabalhados nas atividades grupais coordenado pelo Assistente Social, a importância do parar de fumar, a importância da família para o tratamento do tabagista, temas relacionado a ansiedade e o emocional, como lidar com a abstinência, a importância do apoio, cinema educativo, dinâmicas e atividades lúdicas. Foram criados materiais próprios para facilitar as atividades em grupo, como um álbum seriado específicas com os aspectos principais tratados nas reuniões, planilhas para registro das informações relevantes durante o atendimento e controle de frequência aos grupos, assim como uma agenda individual para registro diário do uso ou não de cigarros e seus motivos. Em um grupo de tabagismo enfrentamos desafios, principalmente em relação de usuários cadastrados nos grupos que não completam as sessões programadas, onde o Assistente Social despertou o interesse de todos envolvidos no projeto em concentrar esforços para ampliação da abordagem educativa, tomando como base a identificação das vulnerabilidades dos usuários cadastrados no grupo e considerando a influência na determinação não só ao tabagismo, mas a outros agravos à saúde.
Considerando o uso de tabaco como uma questão de saúde pública, o empenho da equipe da Residência Multiprofissional em desenvolver ações de educação em saúde em grupos de combate ao tabagismo se justifica pelo sucesso do programa no município de Dom Basílio-Ba. Portanto, a minha vivência enquanto residente de Serviço Social foi muito positiva no Grupo da Vitória, pois tive um novo olhar sobre perfil do tabagista, um olhar aprofundado não só na questão de saúde também social, como moradia, renda e escolaridade. A atuação de outras categorias profissionais da Residência possibilitou uma troca de saberes e conhecimentos bastante potentes, comecei a ter uma visão diferenciada do paciente/usuário com as discussões de casos nas reuniões de equipe, o matriciamento e o trabalho em rede.Ao vivenciar essa experiência, não poderia de destacar a importância do trabalhos em grupos , na qual os indivíduos com desejo de parar de fumar precisam de suporte e apoio para vencer esta dependência, é possível trabalhar essa necessidade em grupos, sempre buscando estratégias para a vinculação do paciente às sessões de manutenção, com suporte especializado.