Com a limitação de encontro presenciais a utilização da tecnologia em serviço da saúde se fez ainda mais necessária durante a pandemia, principalmente para obtenção de dados precisos e de forma rápida. para a vacinação em massa de pessoas contra a covid-19, se fez necessário a utilização do Sistema de Informações do Programa de Imunização (SIPNI) em tempo real visando evitar fraudes na vacinação, além da inserção de dados de forma precisa, bem como o recebimento de novas remessas de vacina. a experiência se deu no município baiano de Santo Estevão, em uma quadra escolar cedida a equipe de imunização, enquanto as escolas permaneciam fechadas, iniciando no período de julho de 2021, precisamente para iniciar a vacinação com a vacina de marca Janssen em pessoas a cima de 40 anos, em um momento onde toda a população estava em busca da vacina de dose única. experiência obtida através da utilização de tecnologias em prol da saúde, a partir do SIPNI, permitindo a inserção da vacinação no cadastro do paciente em tempo real, viabilizando o processo de trabalho de forma não acumulativa e evitando fraudes.
Evidenciar a importância do uso de novas tecnologias no processo de saúde, a fim de viabilizar a utilização do SIPNI em tempo real para vacinação contra A COVID-19.
O artigo trata-se de um relato de experiência descritivo, sobre a vivencia de uma enfermeira acerca da implementação do SIPNI no processo de trabalho, como ferramenta principal para registro, consulta e consolidação de dados de imunização, feito ao final de cada dia pós vacinação.
O SIPNI é uma ferramenta tecnológica digital primordial para a manutenção e superintendência das ações de imunização e de saúde no Brasil, é através dele que se permite o registro individual de cada paciente, além de permitir também o registro em lote dos mesmos. A partir da realidade vivida no início da campanha de vacinação contra a covid-19, de como eram registradas as informações do paciente para iniciar o esquema vacinal, houve a necessidade de pensar em novas estratégias, para que as dificuldades do dia a dia fossem diminuídas e até mesmo extintas. No início da pandemia, o registro dos pacientes ocorria por meio de formulário de papel escrito manualmente, fazendo com todo o processo requeresse um tempo maior para cadastro, além de gerar um acumulo de fichas para ser digitadas no SIPNI, levando aproximadamente 15 dias para concluir todo o processo. Ao chegar o recebimento da primeira remessa da vacina Janssen, até então tida como dose única, despertando interesse de toda a população, houve a necessidade de implantação do sistema online e em tempo real com a aplicação da vacina, permitindo que a consulta cadastral do paciente fosse feita no exato momento, evitando erros de vacinação, incompletude de dados e fraudes, além de poder visualizar a quantidade de vacinas aplicadas por nota, mudar dados de vacinas anteriores e reduzir o tempo de espera dos pacientes.
O uso do SIPNI no processo de vacinação viabilizou o gerenciamento e olhar holístico para novas ações frente ao registro de vacinação e suporte das ações de vigilância em saúde, além de fomentar que a saúde também se faz pelo digital. Contudo, é preciso salientar a falta de estrutura digital ofertada as instituições de saúde, bem como o despreparo de muitos profissionais.
