RELATO DE EXPERIÊNCIA: ASSISTÊNCIA ITINERANTE A SAÚDE MENTAL EM REGIÃO LITORÂNEA DE ESPLANADA- BAHIA

Apresentação

As práticas itinerantes visam os deslocamentos das equipes para os territórios de vida dos indivíduos sob uma lógica de busca ativa, capaz de atender as nescessidades de saúde das populações que não se adaptam aos dispositivos do cuidado tradicional, sejam estas por distancias geográficas existentes e/ou vunerabilidades sociais e clínicas. Tal prática possibilita que o profissioal de saúde itinerante se aproxime da realidade do usuário, propiciando um ambiente de acolhimento, criação de vínculos através do diálogo e da escuta ativa¹, funcionando também como intermediadoras entre o paciente e a sociedade, proporcionando um novo olhar da sociedade sobre estes. Tal abordagem vai além da ruptura dos modelos de atenção tradicionais e estabelecimento de politicas publicas, mas sim, de um comprometimento social e sanitário com as pessoas e seus respectivos locais de vida¹. Corroborando para continuidade do cuidado no território propiciando o matriciamento dos casos e articulações com os demais setores e serviços da sociedade¹. Nessa perspectiva o projeto CAPS Itinerante oferece cuidado ampliado aos usuários com transtorno mental severo e persistente, bem como usuário de álcool e outras drogas. A equipe multiprofissional é composta por dois psiquiatras, enfermeiro, psicólogo e assistente social. Participam desse projeto os usuários que residem em povoados distantes da Sede do Município de Esplanada. Tendo em seu cerne o objetivo de promover a ampliação da cobertura assistencial.

Objetivos

Realizar tratamento humanizado no território dos usuários, levando o CAPS Itinerante até a comunidade. Reduzir o índice de surtos na comunidade local.

Metodologia

O presente trabalho teve por base o referêncial teórico pautado na experiência do CAPS Itinerante criado pelo autor Marcos Paulo Oliveira Lopes de Riachão do Jacuípe-Ba. Em adaptação o projeto foi desenvolvido mediante a identifição das demandas por atendimento psicológico e dificuldades de deslocamento da população, bem como fragilidades de situação econômica apresentadas pelos indivíduos que mediante a situação clínica de saúde elencam a nescessidade de assistência especilaizada in loco. Nesse sentido o projeto é desenvolvido entre a Equipe do CAPS I Irmã Santinha em articulação com a Equipes de Estratégia da Família, sendo a equipe itinerante composta por: dois psiquiatras, enfermeiro, psicólogo e assistente social.Os critérios de inclusão pautaram-se por: distância geográfica a partir de 30km da sede do município, demanda identificada acima da demanda para atendimento psiquiátrico da sede em torno de 40 pacientes, quantitativo significativo de pacientes com transtornos graves. As etapas pautaram-se a partir da identificação de demanda e encaixe nos critérios acima citados, posteriormente é realizado a busca ativa com um mês de antecedência da ação itinerante na localidade pela ESF. Posterior ao quantitativo confirmado, a equipe itinerante realiza a distribuição e validação dos casos para atendimento, possibilitando o encaminhamento do usuário. As abordagens pautaram-se a:consultas ambulatoriais com psiquiátras,visitas domiciliares, psicoterapia grupal e acolhimento.

Resultados

Sendo o trabalho itinerante uma realidade inovadora no município e em virtude do CAPS, ser o centro referência para o atendimento especializado, é depositado neste a responsabilidade de gerir a assistência a saúde mental no território, atuando dessa forma de maneira descentralizada e em parceria com outros setores que tangem a assistência de populações em situação de vulnerabilidade. Nesse interim é destacado o papel do cuidado em rede, que de maneira formal ou informal operacionalizam o cuidado integral ao indivíduo que é viabilizado com maior efetividade através da equipe do CAPS intinerante. Ao que tange as contribuições diretas ao usuário, o projeto possibilitou melhor qualidade de vida aos usuários assistidos, uma vez que foi reduzido o índice de surtos Desenvolvimento de vínculo entre o CAPS e a comunidade assistida tratamento efetivo em relação à terapia medicamentosa. Enquanto resultados paupáveis as equipes intinerantes possibilitaram o processo de educação continuada com as equipes das ESFs, em virtude das abordagens aos usuarios em sofrimento mental e vulnerabilidades, bem como propiciar campo de de aprendizagem sobre o processo de matriciamento de casos e responsabilidades técnicas a cerca do referênciamento de casos. Dessa manira os instrumentos de trabalho utilizados pelas Equipes Intinerantes contribuiram de maneira a articuladora e assistêncial e propiciando ambiente para a contnuidade do cuidado.

Conclusões

Conclui-se que esse projeto demonstra a importância de adaptar as ações extramuros de acordo com a realidade de cada região, levando em consideração à acessibilidade de todos de forma equânime.