IMPLANTAÇÃO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: PERSPECTIVA DE UMA PRÁXIS TRANSFORMADORA.

Apresentação

A Educação Permanente é vista como uma estratégia importante para a mudança no sistema de saúde e para a recomposição das práticas de formação, atenção, gestão, formulação de políticas e controle social no setor saúde. Não se restringe a formação profissional, atuando de forma articulada entre instituições formadoras, gestores do SUS, serviços e instâncias do controle social como dispositivo para a mudança nas práxis de saúde e também nas práticas de formação em saúde. A temática em questão derivou das vivências realizadas através da implantação da Escola Municipal de Educação Permanente em Saúde do Munícipio de Serra Preta –Bahia na perspectiva da Política de Educação Permanente. Anteriormente a criação, o município apresentava ações desarticuladas e uma fragilidade na integração ensino-serviço-comunidade. A grande relevância da Educação Permanente em Saúde fez com que a mesma tornasse uma política estratégica tanto para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para a saúde como para o fomento à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico dos sistemas e serviços de saúde da rede pública municipal, na perspectiva de aumentar a qualidade dos serviços prestados e o fortalecimento do controle social no SUS. Para tanto, a Escola Municipal de Educação Permanente em saúde constitui um espaço de articulação entre os atores interessados e comprometidos na transformação dessa região, garantindo a base ao movimento de construção social da democracia, visando a equidade e a justiça

Objetivos

Relatar a experiência na implantação da Escola Municipal de Educação Permanente em Saúde no município de Serra Preta – Ba.

Metodologia

Trata-se de um relato de experiência de profissionais que atuaram na implantação da Escola municipal de educação permanente em saúde do município de serra preta – Ba, no período de fevereiro a maio de 2022.

Resultados

A perspectiva de implantação da EPS como modelo de prática educativa, corrobora a preocupação em estimular o exercício significativo e a reflexão sobre a prática profissional, de forma que promova a assistência de qualidade e atenda às necessidades de quem utiliza o Sistema Único de Saúde. A Escola Municipal de Educação Permanente em Saúde permite que a ocorra a aprendizagem-trabalho, pois ela acontece no cotidiano das pessoas e das organizações. Ela é vivenciada a partir de problemas enfrentados na realidade e leva em consideração os conhecimentos e práticas que os profissionais dispõem. Na operacionalização da Educação Permanente em Saúde é imprescindível a integração entre os segmentos da formação, da atenção, da gestão e do controle social (conhecido como o quadrilátero da Educação Permanente em Saúde). A partir destes pressupostos pedagógicos, ideológicos e políticos, foram necessárias desenvolver estratégias e reestruturar os processos baseando sempre no planejamento crescente, a análise de contexto, a problematização e a educação em serviço. Isso permite o reconhecimento da Escola Municipal de Educação permanente como um espaço democrático, com processos de construção coletiva e que viabilizava o fortalecimento das diversas regiões que o compunham.

Conclusões

A implantação e implementação de políticas públicas requer muito esforço e comprometimento, não ocorre de forma rápido, fazendo com que seja necessário cada vez mais estudos e discussões acerca da temática. Portanto, é urgente as reflexões sobre a questões relacionadas a capacitação dos profissionais de saúde de acordo as necessidades dos serviços visando a garantia da continuidade da atenção e a diversificação das práticas em saúde. A Educação Permanente em Saúde encontra-se numa necessária construção de relações e processos que vão desde ao mesmo tempo em que disputa pela atualização cotidiana das práticas segundo os mais recentes aportes teóricos, metodológicos, científicos e tecnológicos disponíveis, insere-se em uma necessária construção de relações e processos que vão do interior das equipes, para uma atuação conjunta, incluindo seus agentes, as práticas organizacionais, compreendendo a instituição e/ou o setor da saúde. Quanto às práticas interinstitucionais e/ou intersetoriais, entendem-se as políticas nas quais se inscrevem os atos de saúde.