Durante o Seminário de Mortalidade Materna realizado no Ministério Público do Estado da Bahia, no CAB, Salvador, duas experiências exitosas dos municípios de Riachão do Jacuípe e Salinas das Margaridas foram apresentadas aos participantes de evento, que puderam adquirir mais experiências positivas sobre o fortalecimento da Rede Cegonha e a luta contra a mortalidade materna e infantil no SUS da Bahia.
Quem trouxe a experiência de Riachão foi a própria secretária municipal de Saúde, Juliana Carneiro, que apontou os desafios e depois as estratégias utilizadas para enfrentar as dificuldades encontradas pelo município no fortalecimento desta Rede de Atenção. “Eu vivi a angústia de colocar uma gestante no meu carro e peregrinar pelas cidades porque no hospital da cidade não havia médico para atender naquele dia. Hoje, após participar do Observatório de Maternidades, nós caminhamos com oficinas de capacitação na Atenção Básica, um pré-parto e vinculação mais adequados, cursos de gestantes e assinamos um convênio para a maternidade local.”
Logo após Juliana, houve a exposição da enfermeira obstétrica do Hospital de Pequeno Porte (HPP) de Salinas das Margaridas, Daianne Soares, que abordou sobre a implantação do parto normal humanizado no município. O reforço positivo do gestor de Saúde pela implantação, Francisco Santana, foi de suma importância para que a estratégia desse certo. “A gente via e ouvia muita desconfiança dos médicos com o parto humanizado no início. Agora, estamos colhendo os frutos desse trabalho”, disse o gestor.
Ao final do evento, todos saíram satisfeitos e dispostos a fazer diferente por um SUS melhor e com menos mortalidade materna. “Esse Seminário demonstra uma nova etapa em busca da melhora da Rede, especialmente pelas ações do Ministério Público, que deixa de ser punitivo para ser participativo, e do COSEMS/BA, que, com grande qualidade técnica, tem auxiliado os secretários municipais de Saúde”, apontou Antônio Marcelino, secretário de Saúde da cidade de Piritiba.