A Bahia tem 29 municípios, 128 aldeias e 29 mil indígenas espalhados pelo território. A preocupação com a saúde dessa população foi intensificada nesta sexta-feira (15/06) em reunião da Comissão Estadual de Saúde Indígena com a participação dos secretários de Saúde Luciano Ferreira (Prado), Márcia Quaresma (Santa Cruz Cabrália) e Vanessa Guedes (Camamu) no auditório do Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador.
Na reunião, os secretários e o coordenador do Apoio Institucional do COSEMS/BA, Manoel Henrique Miranda puderam discutir, junto à Secretaria da Saúde do estado da Bahia (SESAB) e Distritos Sanitários de Saúde Indígena (DSEIs), pontos centrais para o aprimoramento nas estratégias de Saúde para este público específico.
“Essa aproximação hoje entre os presentes é de grande importância para nós que estamos na ponta. Estamos aqui construindo um fluxo para a Saúde Indígena e discutindo a criação de um manual educativo sobre Gestão da Saúde Indígena, que vai ser muito relevante a nível federal, estadual e municipal. Porque o objetivo é que os gestores dos 29 municípios que tenham população indígena possam ter este manual para dar um norte a estes gestores, até mesmo aqueles que possam chegar por conta de substituições”, analisou Luciano.
Já a gestora Márcia Quaresma contou um pouco da experiência exitosa que atualmente existe no seu município, que possui mais de 5.500 indígenas.
”Em Cabrália, eu comecei a fazer um trabalho de integração entre as equipes de Saúde, envolvendo a equipe de Saúde Indígena. Como exemplos, eu posso identificar a criação de um pólo de marcação de média e alta complexidade dentro da Saúde Indígena que fez com que o indígena, após capacitação, pudesse marcar, através do SISREG, todas as suas consultas de média e alta dentro da própria aldeia e o início do processo terapêutico com os profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas aldeias, já que a gente conseguiu notificar muitos casos de transtornos mentais entre os índios”.