A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, a cada ano, 12 milhões de novos casos de sífilis no mundo. Em todo o mundo, a sífilis na gestação é responsável por 29% de óbitos perinatais, 11% de óbitos neonatais e 26% de natimortos. Com o objetivo de dar maior visibilidade à sífilis e à sífilis congênita como grave problema de saúde pública na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), integra-se à Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Regional Bahia para a promoção de atividades alusivas ao Dia Nacional de Combate à Sífilis, que acontece no terceiro sábado do mês de outubro.
Esse ano, em sua 11ª edição, a data tem como principais objetivos discutir o manejo do recém-nascido com sífilis congênita e enfatizar o arsenal diagnóstico e terapêutico disponível para a prevenção, assistência e controle do agravo, e terá como principal atividade um evento no Ministério Público do Estado, no dia 14 de outubro, de 8h às 12h30m. Na oportunidade, serão apresentados temas como o tratamento da sífilis congênita: revisão da literatura, arsenal diagnóstico e terapêutico, saúde do homem-instrução normativa do pré-natal do parceiro e populações em contexto de vulnerabilidade.
O evento tem a parceria do Departamento Nacional de DST, Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público da Bahia, Conselho Regional de Medicina, Sociedade Baiana de Pediatria, Câmara Técnica de enfrentamento da sífilis congênita do município de Camaçari e Universidade Federal da Bahia. Os profissionais interessados em participar do encontro devem preencher o formulário de inscrição até o próximo domingo, dia 2 de outubro. O formulário está disponível no site http://sbdstba.wixsite.com/sifilisinbahia2016 .
Transmissão
A sífilis é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode ser transmitida por via sexual – sífilis adquirida, ou da mãe para o filho, conhecida como sífilis congênita. O tratamento é feito através do uso da penicilina, mas apesar de o tratamento ser de baixo custo e estar disponível no SUS, a doença ainda se constitui grave problema de saúde pública, especialmente no que diz respeito à sífilis em gestante, cujas consequências podem ser abortamento, óbito fetal, morte neonatal ou o nascimento de crianças com sífilis – a sífilis congênita.
Desse modo, é fundamental realizar o tratamento precoce adequado do paciente e seus parceiros sexuais e promover ações de prevenção, com o objetivo de informar a população sobre a doença e formas de evitá-la, visando interromper a cadeia de transmissão.
Na Bahia, no período de janeiro de 2007 a julho de 2016, foram notificados no Sinan 10.644 casos de sífilis em gestantes. No mesmo período, foram notificados 6.794 casos de sífilis em menores de 1 ano de idade.
Ascom/Sesab